segunda-feira, 1 de março de 2010

Uma vez, enchi a minha mão de bruma

Sugiro que o façamos, que enchamos as nossas mãos de bruma, e aproveitemos a sua maleabilidade para tornar consistentes os nossos sonhos.


Uma vez, enchi a minha mão de bruma

Uma vez, enchi a minha mão de bruma.
     Quando a abri, a bruma era uma larva.
Voltei a fechar a mão, e então era um pássaro.
      E fechei e abri novamente a mão,
   e na sua palma encontrava-se um homem
    de rosto triste, virado para o céu.
       Mais uma vez fechei a mão,
    e quando a abri já só havia bruma.
Mas escutei uma canção de uma doçura extrema.
 

Kahlil Gibran
Areia e Espuma 

2 comentários:

  1. Kahlil Gibran! Tive o prazer de o conhecer aqui na blogosfera, há cerca de dois anos.
    Vou ver se também deixou em aberto a opção de adicionar à lista de amigos o seu "Relatividadedaspalavras"... hummm... não dá! A Blogspot não oferece essa opção. Mas vou "listá-lo" na lista de links.
    Abraço!

    ResponderEliminar
  2. Obrigado pela sua visita!
    De Kahlil (ou Khalil) Gibran li 'O Profeta' há dois anos. Só muito recentemente contactei com a sua faceta poética.

    ResponderEliminar