sábado, 13 de março de 2010

Gozo Sonhado é Gozo, ainda que em Sonho

Gozo Sonhado é Gozo, ainda que em Sonho 
Gozo sonhado é gozo, ainda que em sonho.
Nós o que nos supomos nos fazemos,
Se com atenta mente
Resistirmos em crê-lo.
Não, pois, meu modo de pensar nas coisas,
Nos seres e no fado me consumo.
Para mim crio tanto
Quanto para mim crio.
Fora de mim, alheio ao em que penso,
O Fado cumpre-se. Porém eu me cumpro
Segundo o âmbito breve
Do que de meu me é dado.

Ricardo Reis, in "Odes"

O que este poema nos diz é verdade, e extremamente importante.
Recentemente, esse potencial do sonho (e aqui sonho refiro-me àquilo que toda a gente vivencia de noite, na fase REM) tem vindo a ser usado como terapêutica e como forma de melhorar o quotidiano. Falo de perder peso fazendo exercício nos sonhos, conseguir deixar de fumar, ou até melhorar a coordenação dos membros.
Estas realizações baseiam-se na descoberta fruto de investigações (mais ou menos recentes, mas actuais) em que se notou que as zonas do cérebro em actividade correspondiam àquilo que o sujeito imaginava fazer. Isso também é notório em sujeitos que estão sob aparente coma (ligação em inglês).

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